====== Ativarnashrami (AENE:491) – Eu não sei ====== A noite do compreensor de sua verdadeira natureza real é o aparecimento nele deste indivíduo e seu destino...~ que ele não pediu...~ Esta noite é a noite do não conhecimento do que ocorreu...~ O compreensor de sua verdadeira natureza real pergunta-se...~ “Como fiz eu para que agora se sinta que eu sou?...~ como fiz eu para que eu tenha buscado que este indivíduo e seu destino não tenham aparecido em mim?...~ como decidi eu que precisamente este indivíduo e seu destino tenham aparecido em mim?...~ como decidi eu que se veja este mundo...~ que se contemple este sol e este céu...~ que este estado nascimento tenha me encontrado?...~ como decidi eu que estejam ocorrendo as obras que estão ocorrendo?...~ como decidi eu que estejam sendo sentidas as paixões que estão sendo sentidas?...~ como decidi eu que esteja sendo sentido este amor insaciável de seguir sentindo?...~ como decidi eu que eu estou sabendo que eu sou?”...~ O compreensor de sua verdadeira natureza real formula estas perguntas...~ e a resposta é sempre “eu não sei”...~ “Eu não sei como fiz eu para que agora se sinta que eu sou...~ eu não sei como fiz eu para que eu tenha buscado que este indivíduo e seu destino tenham aparecido em mim...~ eu não sei como decidi eu que precisamente este indivíduo e seu destino tenham aparecido em mim...~ eu não sei como decidi eu que se veja este mundo...~ que se contemple este sol e este céu...~ que este estado nascimento tenha me encontrado...~ eu não sei como decidi eu que estejam ocorrendo as obras que estão ocorrendo...~ eu não sei como decidi eu que se estejam sentindo as paixões que se estão sentindo...~ eu não sei como decidi eu que se esteja sentindo este amor insaciável de seguir sentindo...~ eu não sei como decidi eu que eu estou sabendo que eu sou”...~ Este “eu não sei”...~ este ver-se a si mesmo absolutamente inocente do estado nascimento...~ é a noite do compreensor...~ Sente uma profunda estranheza pelo indivíduo e seu destino...~ Por assim dizer...~ o indivíduo e seu destino o encontraram...~ Ele não os buscou...~ ele não pode reconhecer-se fazedor nem desejador da sensação de sentir-se ser...~ No entanto...~ o indivíduo e seu destino é o que quem não compreende sua verdadeira natureza real chama seu dia...~ o dia em que tem a convicção de ser ele o fazedor do que se faz...~ o sentidor do que se sente...~ o dia em que tem a convicção de ser ele quem quer que este sol luz...~ que este mundo dure...~ que se sintam as paixões que se sentem...~ que se tenha o corpo e a mente e a alma e o espírito que se têm...~ Quem não compreende sua verdadeira natureza real chama a tudo isso “mim mesmo e meu”...~ crê que ele o escolheu...~ crê que ele o faz...~ crê que esta sensação de ser que se sente é precisamente a sensação de ser que ele quer sentir...~ e embora seja absolutamente ignorante de como se fez para que se sinta esta sensação de ser...~ afirma “eu faço que eu sinto que eu sou...~ eu faço que eu escuto...~ eu faço que eu vejo...~ eu faço que eu toco...~ eu faço que se sintam estas paixões que eu quero que se sintam...~ é mim mesmo quem faz que se sinta que eu sou...~ Este estado nascimento é mim mesmo e meu...~ Eu comecei com ele...~ eu quero que dure...~ eu quero que não acabe...~ Tudo o que não é este estado nascimento...~ é só nada...~ a nada espantosa em que não se sentia que eu sou...~ a nada espantosa em que mim mesmo e meu não eram”...~