====== Loy (WMS) – estórias e ordenamento ====== LoyWMS Estórias justificam distinções sociais. Reis medievais governavam por direito divino. Um mito do Rg Veda sobre as várias partes do corpo de Brahma racionaliza o sistema de castas hindu. Desafiamos um arranjo social questionando a estória que o valida. Quando as pessoas param de acreditar nas estórias que justificam a ordem social, ela começa a mudar. A estória dominante da modernidade tem sido o progresso. Embora ainda esteja embutida em nossas instituições, essa estória perdeu grande parte de sua plausibilidade. Novos gêneros estão tomando seu lugar: apocalipse e niilismo. O apocalipse é a conclusão iminente e triunfante de nossas estórias mais queridas. O niilismo é seu colapso. Ambos são estórias sobre o fim das estórias. O niilismo inverte narrativas de progresso, liberando a sombra que as assombrava. Perder a esperança no futuro nos torna mais vulneráveis às distrações e vícios do presente—mas este momento poderia ser apreciado de forma diferente se não estivéssemos acostumados a sacrificá-lo ao futuro. Se o mundo é feito de estórias, seus problemas são resultado de estarmos cativados por estórias perniciosas? Programas de TV violentos aumentam crimes e abuso doméstico? A publicidade nos ensina que o consumismo é o caminho para a felicidade. Ensinamentos religiosos podem inspirar dogmas institucionais, cruzadas, julgamentos por heresia... e buscas espirituais. A solução para tais problemas são estórias melhores? Livrar-se das estórias? Ou um entendimento melhor da narrativa? //Estamos entre estórias.// //Thomas Berry// ... talvez não seja um mau lugar para estar.