Milloué1905
Surya mantém suas funções como deus do sol, às quais acrescenta os papéis de gerador e fecundador, assimilando definitivamente os mitos similares de Savitri e Pushan, permanecendo e sempre permanecerá como um dos maiores deuses do panteão indiano.
Por outro lado, Agni, Varuna e Soma sofrem um declínio acentuado.
Agni, talvez por ser difícil de antropomorfizar devido à sua forma material sempre visível, embora mantenha seu lugar e culto em todas as casas como deus do lar, parece ter se tornado especialmente o deus dos brâmanes — assim como Indra se tornou o patrono oficial dos kshatriyas.
Varuna, outrora soberano dos céus, cai para o papel secundário de deus das águas, com funções e lendas que lembram, de forma mais suave, as de Poseidon e Netuno.
Soma, quase não mais invocado, recebe a soberania da Lua, sob o pretexto (difícil de explicar) de que esse astro seria o reservatório inesgotável do soma.
Quanto a Dyaus, esse antigo pai do universo, reduz-se a uma entidade puramente nominal, sem influência ativa no culto.