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AMOR (HTPL)

*Lábios rubis e olhos escuros em toda parte em Shiraz,*

*mas sou um pobre artesão e não posso pagar.*

*Vejo todos esses olhos lânguidos aqui em Shiraz,* *mas estou tranquilo apenas com vinho e meu senhor.*

*Belezas baixas, belezas altas passeando por Shiraz;* *para elas, se eu fosse rico, ofereceria meu tesouro.*

Esse poema, é claro, sugere que a percepção de Hafez sobre o amor inclui tanto os aspectos físicos quanto os espirituais. A partir do panorama geral apresentado por toda a sua obra, ficamos com a deliciosa confirmação de que Hafez, o filósofo, imaginava o amor como uma condição de unidade absoluta. Ele não estava interessado em excluir nenhum aspecto da realidade de seu lugar apropriado no esquema da humanidade. De fato, o amor na poesia de Hafez torna-se um conceito tão amplo que se estende à nossa essência mais básica. Como a energia conhecida como chi na filosofia chinesa e a força da respiração chamada prana em sânscrito, o amor de Hafez surge como o elemento primordial de toda a existência. O poeta estendeu seu amor também ao rio Roknabad, vendo-o como as veias e sua água como o sangue de Shiraz:

*Portador da taça, despeje tudo o que resta do vinho;*

*O paraíso não tem jardim de Roknabad ou Mosalla.*

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